A chuva
Parou de chover aí?
Aqui não para!
Chove
cedo, chove à tarde,
Chove
à tarde, chove cedo,
Às
vezes até dá um tempo,
Às vezes chove, chove,
Até virar alagamento,
É água por cima da ponte,
e dos morros deslizamentos.
Entre desgraças e perdas,
Entre mortes e sumiços,
O que mais a chuva traz é
lixo,
O que mais vem na água é
barro,
Mas também chove amparo,
Chove ajuda de amigos,
Que acolhem os desabrigados,
Espalhados pela sala, pelas
redes,
Pelos quartos, por quase todo o espaço.
Só o que não choveu, foi
comida,
Nem cedo, nem tarde! É a
vida!
Houve muito é sofrimento,
choro dolorido,
Muito sono perdido e ranger
de dentes.
Choveu tanto, depois veio a
bonança,
Quando o céu mandou por
fim,
A fina garoa da esperança
Autor:- Carlos Marcos Faustino
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