Meu sertão querido
(completo)
Quando o dia se
levanta
No raiar da
madrugada
Vão-se embora as
estrelas
A Lua aos poucos
se apaga
E o canto da
passarada
Na mata faz
sinfonia
As galinhas no
terreiro
Afloram todas
despertas
Vem comer na minha
mão
O gado muge
distante
Um som que afaga
constante
De saudades meu
coração
O orvalho da noite
inteira
Nas pétalas de uma
roseira
Qual cristal reluz
ao sol
Meu cão velho
perdigueiro
Vem buscar o meu
afago
Meu carinho e
aconchego
Daí eu torno pra
dentro
Me achego na beira
do fogo
Tomo um café bem
quentinho
E volto pra cama
de novo
Afinal, se é
domingo
Posso ficar mais
um pouco
Até na hora da
missa
Quando então vou
pra capela
Buscar Deus, Nossa
Senhora
Agradecer pela
vida
Pelo amor e pela
terra
Mas em dia de labuta
Pego a enxada e a
moringa
Olho o tempo se o
sol vinga
Beijo a Rosa que
reluta
Mas meu abraço
desfruta
E sigo pro cafezal
Lindo, florido,
afinal
Quase uma obra de
arte
Do paraíso uma
parte
Meu lindo sonho
rural
Ao lado uma grande
mata
Com uma mina nascente
Onde a alma
pressente
No canto da
passarada
No amanhecer, na
alvorada
Ali, longe da
cidade
Muita paz,
felicidade
Nunca deixo esse
meu canto
Pois longe do meu
recanto
Quase morro de
saudade
Não há que não se
encante
Quando se vê nas
lagoas
Paisagem que não
destoa
As garças num voo
rasante
De modo tão
fascinante
Chegarem, já é
primavera
Uma estação tão
bela
Flores de muitos
encantos
Ipês colorindo os
campos
De Deus a mais
linda tela
E Esse sertão
querido
Que me viu desde
nascido
Há de receber meus filhos
Que seguirão meu
trabalho
E é neste solo
abençoado
Que um dia serei
sepultado
È que deixarei
plantado
Um imenso jardim
de flores
Essência dos meus
amores
Mas quando a tarde
desmaia
E O sol está indo
embora
Os pássaros em revoada
Procuram nas
árvores abrigo
Ou voltam para o
seu ninho
A noite
devagarinho
Qual lençol vem e
cobre a terra
E eu aqui da
janela
Olho a lua vindo
ao longe
Com toda sua
belezura
Prateando a mata
escura
Vagalumes e
estrelas
Num conjunto
celestial
Iluminam essas
matas
Enquanto o som das
cascatas
Num concerto
colossal
Vai soando em meus
ouvidos
Faz-me perder até
os sentidos
Deixando- me tão
enlevado
Neste solo
abençoado
Recanto onde está
meu lar
Ara meu veio
Ah! Como é lindo
O entardecer indo embora
A noite já quase desce
As galinhas na mangueira
Procura um gaio mais baixo
Pra passar a noite inteira
É Rosa
Assim que a tarde
desmaia
E o sol está indo embora
Os pássaros em revoada
Procuram nas arvore abrigo
Ou voltam para os seus ninhos
A noite
devagarinho
Qual lençol vem e
cobre a terra
E eu aqui da
janela
Olho a lua vindo
ao longe
Com toda sua
belezura
Prateando a mata
escura
Vagalumes e
estrelas
Num conjunto
celestial
Iluminam essas
matas
Enquanto o som das
cascatas
Num concerto
colossal
Vai soando em meus
ouvidos
Faz-me perder até
os sentidos
Deixando- me tão
enlevado
Neste solo
abençoado
Recanto onde está
meu lar
Ora meu veio, me
espera
Vou la no meu
oratorio
Rezar pra nossa
senhora
Agradecer pela
vcida
Pelo amor pela
comida
Pro nosso filho distante
Que a tempos nem
escreve
Peço a Deus que
muito breve
Muito breve ele
apareça
Abra esta porta,
me abrace
E nunca mais se
afaste
De volta pra grande cidade
Ah! Rosa, não
chorre
Eu também sinto
saudade
Zé Eduardo menino
Correndo pelas campinas
Ou soltando
papagaios
Depois , mais
tarde
Conquistando as
meninas
Daquela colônia
vizinha
Mas o que doeu
mesmo
De verdade
Foi quando ele
mais tarde
Teve que ir embora
Mas foi necessário
Partir pra estudar
fora
Rosa, Rosa, não
chora
Quem sabe um dia ele vorta
Rosa, Rosa. O h
Rosa
Deixa a lida, vem
pra fora
Olha o céu, que
iluminado
Aconchegue-se em
meus braços
E Escuta esse compasso
Do meu coração que
exulta
Sinta como ele
pulsa
Até parece uma
canção
Dança comigo um
instante
Roça em meu peito
sua fronte
Antes que esse
momento passe
Não diga nada, me
abrace
Depois vamos pra
varanda
Pra passar a noite
inteira
Só nós dois
apaixonados
Sob esse lindo céu de
estrelas
Rosa ! Rosa! Rosa
Faustino Poeta
Julho/2023
Nenhum comentário:
Postar um comentário