Recordações
(festa junina)
Abrindo
a porteira
Das
minhas saudades
Ali
longe da cidade
Olho a
velha casa
Ninguém
na varanda
Ninguém
na soleira
A luz
apagada
A
porta fechada
A lua
no céu
Afastando
as nuvens
Surgindo
tão bela
Procura
as janelas
Querendo
adentrar
Ara! Mas
qual
Quem
afinal
Vai
girar as tramelas
Tirar
todas as trancas
Quem
das minhas lembranças?
Aqui e
acolá
jardim
descuidado
É
flor, é mato
é mato
, é flor
erva
daninha
ensimesmado
divago
busco
e trago
Abrindo
as cortinas
do tempo
passado
Recrio,
revivo
as
antigas cenas
de um
lindo espetáculo
A luz
se acende
A
porta se abre
Dali
todos saem
É vovó
Cotinha
O pai,
a mãe
E vovô
João
É o
tio Botinha
A
titia Donana
Quinzinho
e
Mariazinha
Inté a
cachorra
Cigana
A gata
Belinha
E as crianças
Da colônia
vizinha
Todos
todos
Num só
cordão
Direto
Pro
terreirão
Todo
enfeitado
Com
bandeirinhas,
pau de sebo
E
balão
A
sanfona sabe
Convidar
todos
Para o
meio do
Salão
A
música invade
Aguenta
coração
Vozes
e risos
Afoitos,
felizes
A vida
renasce
É
gente que chega
E já
vai dançando
Arrasta
pé
rancheira
Folia
a noite inteira
É
junho, é festa
Quentão,
anisete
Chocolate
Vinho
quente
Quindim
e paçoca
Pudim
e pipoca
Roscas
de polvilho
E um
delicioso
Bolo
de milho
crianças
pra todo
canto
Mesclando
o espaço
de
encantos
com
suas brincadeiras
Corre,
corre, pega pega
Roda,
roda,
barra
manteiga
e
entre um ou outro
folguedo
É hora
do pau de sebo
La vem
uma nova
moda
Venham
senhoras casadas
Venham
moçoilas solteiras
Dança
também a fogueira
Altiva,
forte, ligeira
Bailando
suas labaredas
Lançando-as
pro céu de estrelas
E na
hora da quadrilha
Chama
alto o cantador
Toma
seu par ou seu amor
Venha
pai, venha mãe
Venha
família
Quanta
emoção
Solta
logo o rojão
Viva
Santo Antônio
São
Pedro e São João
Caminho
da roça
Balancê,
tour
E
segue o passeio
Que doces lembranças
Que tempinho
bom!
Ai meu
Deus
Nunca
feche as
Porteiras
Do meu
coração
Faustino
Poeta
29/05/2023-
segunda-feira – 12:21
Nenhum comentário:
Postar um comentário