Cada vez que o “Prata “ passa
Cada vez que o “Prata” passa
Lá na esquina de casa
Sinto nascer a paixão
De cair na estrada
E vai, cavalga, desliza
Pelo asfalto sem fim
Leva de cidade em cidade
Saudades de mim
Cada vez que o Prata passa
Lá na esquina de casa
Sinto-me quase um menino
De rosto semi barbado
Partindo peito apertado
Sem poeiras no olhar
Bate peito, bate forte
Coração sangra, explode
Fica o amor na esquina
Acenando com a mão
A casa de luz acesa
A porta semi aberta
E os meus pais no portão
Gira roda, ginga sangue
Tempo de doces paixões
Fui pra um Osasco distante
Num quarto 54
A solidão incessante
Disfarçada em pesadelos
Uma mão que acalenta
Um amigo que desponta
Um auxilio la do alto
Topei a morte, fui salvo
Saudades pra vida inteira
Retratos deste passado
Um álbum que sempre abro
Cada vez que o “Prata” passa
La na esquina de casa
Autor
Carlos Marcos Faustino
Maio - 1980
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