Um dia em 1973
Na mesa, bem perto,
Uma bacia amarela de plástico,
Bem cheia, pimentas, quiabos,
Alheia a um ferro de cabo preto
Pendurado.
A sacola então cansou-se,
E já deitada
Se encosta toda
Na panela de ferro preta
A tigela de vidro
A mais bela de todas
Transparente sorriso,
já mostra os tomates
vermelhos
Emaranhados uns aos outros
Feito soldados
debandados
E tem um copo
Um bule azul cheio de café
E uma toalha divina
Vermelha e branca
Uma lata de margarina
“delicia”, um garfo, outro copo
Uma marmita, um pacote,
Um guardanapo
Uma garrafa cheia de agua
Com um copo pendurado
E eu sentado
É assim o panorama daqui agora
Quatorze de dezembro, nove horas.
14/12/1973- Sexta Feira -09h20
Carlos Marcos Faustino
30/11/2014- Domingo - 14h42
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