Vida desbotada
Eu só sei que não sei
Não sei mesmo
Não entendo
O que se passa
Neste momento
Este vendaval
Que assola
Ou este silencio
Este mar imenso
Que se descontrola
E transborda
Do coração e dos olhos
Eu só sei que não sei
Se este temporal
Que vem feito um furacão
Vem do mal
Vem do tempero final
De anos em combustão
Mas está levando
Aos poucos, sentimentos,
Na face os risos
A expressão doce e calma
A paz que existe na alma
Quase não se nota
Mas já existem muitas folhas mortas
Muitos peixes espalhados pelo chão
Muitos pássaros estraçalhados
Muitos sonhos estilhaçados
Tudo já se acaba
Tudo já se desbota.
Autor
Carlos Marcos Faustino
22/04/2015-quarta-feira -23h20
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