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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Vida desbotada




Vida desbotada


Eu só sei  que não sei
Não sei  mesmo
Não entendo
O que se passa
 Neste momento

Este vendaval
Que assola
Ou este  silencio
Este mar imenso
Que se descontrola
E transborda
Do coração e dos olhos

Eu só sei que não sei
Se este temporal
Que vem feito um furacão
Vem do mal
Vem do tempero final
De anos em combustão
Mas está levando
Aos poucos, sentimentos,
Na face os risos
A expressão doce e calma
A paz que existe na alma
Quase não se nota

Mas já existem  muitas folhas mortas
Muitos  peixes espalhados pelo chão
Muitos pássaros estraçalhados
Muitos sonhos estilhaçados
Tudo já se acaba
Tudo já se desbota.


Autor
Carlos Marcos Faustino
22/04/2015-quarta-feira -23h20


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