Desdita
Não tenho onde
colocar minha cabeça
nem meus pés
Nem mesmo posso dizer
com letras
o pouco que há pra se fazer
Um passo ao abismo leva
Um gesto e tudo desaba
Há todo um turbilhão de águas
Chibatas de muitas
palavras
Dilacerando o coração
Num turbilhão de emoções
A cada dia me afaga
Me afoga, sufoca, desata
Os laços, os traços de vida
Se merecedor sou da desdita
Senhor me salva, me acalma.
Autor
Carlos Marcos Faustino
14/07/2015 – terça – feira – 10h11
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