Livrai-nos do mal, amém
Livrai-nos do mal, amém
Dos pensamentos mais torpes
De muitos olhares tortos
De línguas ferinas cruzadas
De palavras mal
faladas
Livrai-nos do mal, amém.
Da violência escancarada
Dos entraves desta vida
De todas as nossas dívidas
De relações mal resolvidas
Livrai-nos do mal, amém.
Dos abraços que nos traem
De todas as nossas dores
Do frio fundo do poço
Mesmo que lua nos transcenda
Livrai-nos de todos os desgostos
Dai-nos a paz que alimenta
Livrai-nos do mal , amém
Livrai-nos das maldições, das pragas,
De todas as más querências
De sermos alvo de
piadas
De inveja, olho gordo, encosto
Dos beijos de Judas no rosto
Livrai-nos do mal, amém
Livrai-nos não só das enchentes
Mas das lamas, de enxurradas
Da falta de chuva, da falta d’água
De pessoas mal amadas
Livrai-nos do mal, amém
Da indiferença de amigos
De todos os inimigos, dos vícios.
Da morte repentina, das lágrimas
Da falta de riso no rosto
Da falta de brilho nos olhos
Do medo, da falta de coragem
Da falta de fé e do orgulho
Da falta de compaixão e piedade
De todos os pedestais,
E até dos nossos ais
Livrai-nos do mal, amém
Autor
Carlos Marcos Faustino
27/08/2015- quinta – feira -09h29
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