Última cena
Sem portas, sem janelas
Sem opções de chegada
De braços dados com o nada
Ais, dores, lágrimas cansadas
Represadas
Labirinto esse que
sufoca
E aos poucos mata
Não posso pagar o preço
Mesmo sabendo o endereço
Mesmo que eu percorra as moradas
E estenda as mãos.
Todos se perdem em suas vidas
Não há tempo, nem espaço
Cada um no seu quadrado
Alheios dilemas
São apenas mais problemas
Resta-me apenas
Ficar calado
Esperando o findar dos atos
Até a última cena.
Autor
Carlos Marcos Faustino
02/01/2016 – sábado – 11h33
Nenhum comentário:
Postar um comentário