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domingo, 23 de abril de 2017

Lágrimas de poeta


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Lágrimas de poeta

Rolaram dois versos
Os primeiros de uma poesia
Estamparam-se no papel à revelia
Na alma o poeta  se esconde
Até que mais versos juntam-se aos primeiros
 Onde “Palavras emolduradas” são escritas
Tímidas caladas esperando pra serem lidas

E assim outra também vem.
 Respinga
E vem outra e mais outra
E a folha branca e nua fica tomada
E oferece em suas linhas
Um sentimento profundo
Todo nas entrelinhas daquelas palavras

São como lágrimas do poeta
Poesias em paginas escancaradas
Ali ele se entrega e fica
Pelos anos afora até que aquelas paginas amareladas
São descartadas
Rotinas  de toda uma vida

Autor
Carlos Marcos Faustino

22/04/2017 – sábado -22:42

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