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terça-feira, 21 de outubro de 2025

Escrito no tempo

 

Escrito no tempo

 

 

Cada sonho, cada riso

A você eu dediquei

Rompi mesmo até comigo

Louco eu, como te amei

O seu eu meu paraíso

Sonho lindo que sonhei

 

Me entreguei em tantos versos

A você me dei inteiro

Raio de sol, meu universo

Céus amor é verdadeiro

O sentimento que é meu

Sobrevivente em meu peito

 

Foi escrito no tempo

A nossa história de amor

Uma busca que inda tento

Simplificar pra entender

Talvez esse meu intento

Inda Deus possa dizer

Nesta vida ou noutra vida

O tudo pra mim que é você

 

Faustino Poeta

24/08/2021- terça-feira-09h13

 

 

 

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Meu Castelo Encantado

 

Meu Castelo Encantado

 

Meu castelo encantado

Todo ladeado de estroncas

Tramelas em portas, janelas

E todas elas com trancas

 

Um jardim com primaveras

Cravos, dálias, várias flores

Com rosas vermelhas belas

E outras de várias cores

 

No quintal um poço, um forno

Limoeiro, abacateiro

Cerca de madeira em torno

Paraíso verdadeiro

 

Na frente um verde gramado

Lindo tapete macio

Que hoje está retratado

No coração de quem viu

 

O trem passageiro, saudades

De tempo em tempo me acolhe

Me leva pra mocidade

Com meus sentimentos bole

 

Mas foi doce esse passado

Por isso hoje por certo

Nele às vezes me embriago

E o desenho em meus versos.

 

Faustino Poeta

10/07/2023- segunda-feira – 12h40

 

 

 

 

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Velha Casa

 

Velha Casa

 

Abrindo a porteira

Das minhas saudades

Ali longe da cidade

Olho a velha casa

Ninguém na varanda

Ninguém na soleira

A luz apagada

A porta fechada

 

A lua no céu

Afastando as nuvens

Surgindo tão bela

Procura as janelas

Querendo adentrar

Ara! Mas qual

Quem afinal

Vai girar as tramelas

Tirar todas as trancas

Quem das minhas lembranças?

 

Aqui e acolá

jardim descuidado

É flor, é mato

é mato , é flor

erva daninha

ensimesmado

divago, busco e trago

Abrindo as cortinas

do tempo passado

Recrio, revivo

as antigas cenas

de um lindo espetáculo

 

A luz se acende

A porta se abre

Das minhas saudades

Dali todos saem

 

 

A velha casa

Tão minha

Ora abandonada

Tao bela, calada

Tabuas amarelas

Meio desbotadas

Inda conserva

Todas nossas histórias

Todos personagens

 

É onde sempre

Mergulho em viagens

Doce melancolia

E sempre a retrato

Em minha poesia

 

Faustino Poeta-

04/06/2024- terça-feira – 19:11

Mágicos Anos

 

Mágicos Anos

 

Lembrança que me consola

Uma canção na vitrola

Um amor no coração

Num vai e vem, pés no chão

Sempre no mesmo compasso

Um tímido suor nas mãos

Só nós dois, olhos fechados

Um sonho esse meu passado

 

Mágicos anos dourados

Na rua ainda seus passos

Ouço ecoando na esquina

Num balançar de cabelos

 

Na face riso estampado

Um oi descompromissado

Essa era a minha menina

 

O tempo levou embora

Esse amor mocidade

Nessa minha travessia

 

Hoje é fotografia

De amores e amizades

No álbum das minhas saudades

 

Faustino Poeta

26/07/2012- quinta-feira – 00h23

Recordações

 

Recordações

(festa junina)

 

Abrindo a porteira

Das minhas saudades

Ali longe da cidade

Olho a velha casa

Ninguém na varanda

Ninguém na soleira

A luz apagada

A porta fechada

 

A lua no céu

Afastando as nuvens

Surgindo tão bela

Procura as janelas

Querendo adentrar

Ara! Mas qual

Quem afinal

Vai girar as tramelas

Tirar todas as trancas

Quem das minhas lembranças?

 

Aqui e acolá

jardim descuidado

É flor, é mato

é mato , é flor

erva daninha

ensimesmado

divago

busco e trago

Abrindo as cortinas

do tempo passado

Recrio, revivo

as antigas cenas

de um lindo espetáculo

 

A luz se acende

A porta se abre

Dali todos saem

É vovó Cotinha

O pai, a mãe

E vovô João

É o tio Botinha

A titia Donana

Quinzinho e

Mariazinha

Inté a cachorra

Cigana

A gata Belinha

E as crianças

Da colônia vizinha

Todos todos

Num só cordão

Direto

Pro terreirão

Todo enfeitado

Com bandeirinhas,

 pau de sebo

E balão

A sanfona sabe

Convidar todos

Para o meio do

Salão

A música invade

Aguenta coração

Vozes e risos

Afoitos, felizes

A vida renasce

 

É gente que chega

E já vai dançando

Arrasta pé

rancheira

Folia a noite inteira

É junho, é festa

Quentão, anisete

Chocolate

Vinho quente

Quindim e paçoca

Pudim e pipoca

Roscas de polvilho

E um delicioso

Bolo de milho

 

crianças pra todo

canto

Mesclando o espaço

de encantos

com suas brincadeiras

Corre, corre, pega pega

Roda, roda,

barra manteiga

e entre um ou outro

folguedo

É hora do pau de sebo

 

La vem uma nova

moda

Venham senhoras casadas

Venham moçoilas solteiras

Dança também a fogueira

Altiva, forte, ligeira

Bailando suas labaredas

Lançando-as pro céu de estrelas

 

E na hora da quadrilha

Chama alto o cantador

Toma seu par ou seu amor

Venha pai, venha mãe

Venha família

Quanta emoção

Solta logo o rojão

Viva Santo Antônio

São Pedro e São João

Caminho da roça

Balancê, tour

E segue o passeio

 Que doces lembranças

Que tempinho bom!

Ai meu Deus

Nunca feche as

Porteiras

Do meu coração

 

Faustino Poeta

29/05/2023- segunda-feira – 12:21

Sopro Divino

 

Sopro divino

 

 

E num sopro divino, repleto de amor

Deus abençoou o homem

E lhe deu a mulher

Não pra ser sua posse, mas sua companheira

E o jardim da Terra, logo dicou florido

A mulher coloriu todos os cantos

E com o seu magico encanto

Deixou tudo mais bonito

 

Mulher, sem você

A vida perde todo o sentido

Nós, todos os seus filhos

Vamos seguindo pelo mundo

Deixando escrito em versos

E preces a Deus

Nossa gratidão e o nosso coração

Lugar que é a ti reservado

Seja mãe, esposa, filha

 Seja avó ou qualquer outro membro da família

Seja amiga, companheira ou namorada

Você mulher na nossa caminhada

Sempre será uma estrela guia

Um colo pra nos dar conforto

Um abraço, um aconchego

Quando tudo parecer errado

Quando tudo estiver tão torto

E o nosso coração desconsolado

Ali estará presente, com teu olhar sorridente

Seu sorriso transparente

Iluminando tudo por perto

 Como a nos dizer

Tá tudo bem, vai dar tudo certo

 

 

Faustino Poeta

27/02/2020- sábado -11h34

 

 

 

Meu Sertão Querido

Meu sertão querido

     (completo)

 

Quando o dia se levanta

No raiar da madrugada

Vão-se embora as estrelas

A Lua aos poucos se apaga

E o canto da passarada

Na mata faz sinfonia

 

As galinhas no terreiro

Afloram todas despertas

Vem comer na minha mão

O gado muge distante

Um som que afaga constante

De saudades meu coração

 

O orvalho da noite inteira

Nas pétalas de uma roseira

Qual cristal reluz ao sol

Meu cão velho perdigueiro

Vem buscar o meu afago

Meu carinho e aconchego

Daí eu torno pra dentro

Me achego na beira do fogo

Tomo um café bem quentinho

E volto pra cama de novo

 

Afinal, se é domingo

Posso ficar mais um pouco

Até na hora da missa

Quando então vou pra capela

Buscar Deus, Nossa Senhora

Agradecer pela vida

Pelo amor e pela terra

 

Mas em dia de labuta

Pego a enxada e a moringa

Olho o tempo se o sol vinga

Beijo a Rosa que reluta

Mas meu abraço desfruta

E sigo pro cafezal

Lindo, florido, afinal

Quase uma obra de arte

Do paraíso uma parte

Meu lindo sonho rural

 

Ao lado uma grande mata

Com uma mina nascente

Onde a alma pressente

No canto da passarada

No amanhecer, na alvorada

Ali, longe da cidade

Muita paz, felicidade

Nunca deixo esse meu canto

Pois longe do meu recanto

Quase morro de saudade

 

Não há que não se encante

Quando se vê nas lagoas

Paisagem que não destoa

As garças num voo rasante

De modo tão fascinante

Chegarem, já é primavera

Uma estação tão bela

Flores de muitos encantos

Ipês colorindo os campos

De Deus a mais linda tela

 

E Esse sertão querido

Que me viu desde nascido

 Há de receber meus filhos

Que seguirão meu trabalho

E é neste solo abençoado

Que um dia serei sepultado

È que deixarei plantado

Um imenso jardim de flores

Essência dos meus amores

 

 

 

 

 

Mas quando a tarde desmaia

E O sol está indo embora

Os pássaros em revoada

Procuram nas árvores abrigo

Ou voltam para o seu ninho

 

A noite devagarinho

Qual lençol vem e cobre a terra

E eu aqui da janela

Olho a lua vindo ao longe

Com toda sua belezura

Prateando a mata escura

 

Vagalumes e estrelas

Num conjunto celestial

Iluminam essas matas

Enquanto o som das cascatas

Num concerto colossal

Vai soando em meus ouvidos

Faz-me perder até os sentidos

Deixando- me tão enlevado

Neste solo abençoado

Recanto onde está meu lar

 

Ara meu veio

Ah! Como é lindo

O entardecer indo embora

A noite já quase desce

As galinhas na mangueira

Procura um gaio mais baixo

Pra passar a noite inteira

 

É  Rosa

 Assim que a tarde desmaia

E o sol está indo embora

Os pássaros em revoada

Procuram nas arvore abrigo

Ou voltam para os seus ninhos

 

A noite devagarinho

Qual lençol vem e cobre a terra

E eu aqui da janela

Olho a lua vindo ao longe

Com toda sua belezura

Prateando a mata escura

 

Vagalumes e estrelas

Num conjunto celestial

Iluminam essas matas

Enquanto o som das cascatas

Num concerto colossal

Vai soando em meus ouvidos

Faz-me perder até os sentidos

Deixando- me tão enlevado

Neste solo abençoado

Recanto onde está meu lar

 

Ora meu veio, me espera

Vou la no meu oratorio

Rezar pra nossa senhora

Agradecer pela vcida

Pelo amor pela comida

 

  Pro nosso filho distante

Que a tempos nem escreve

Peço a Deus que muito breve

Muito breve ele apareça

Abra esta porta, me abrace

E nunca mais se afaste

 De volta pra grande cidade

 

Ah! Rosa, não chorre

Eu também sinto saudade

Zé Eduardo menino

 Correndo pelas campinas

Ou soltando papagaios

Depois , mais tarde

Conquistando as meninas

Daquela colônia vizinha

 

Mas o que doeu mesmo

De verdade

Foi quando ele mais tarde

Teve que ir embora

 Mas foi necessário

Partir pra estudar fora

 

Rosa, Rosa, não chora

 Quem sabe um dia ele vorta

Rosa, Rosa. O h Rosa

 

Deixa a lida, vem pra fora

Olha o céu, que iluminado

Aconchegue-se em meus braços

 E Escuta esse compasso

Do meu coração que exulta

Sinta como ele pulsa

Até parece uma canção

Dança comigo um instante

Roça em meu peito sua fronte

Antes que esse momento passe

Não diga nada, me abrace

Depois vamos pra varanda

Pra passar a noite inteira

Só nós dois apaixonados

Sob esse lindo céu de estrelas

 

Rosa ! Rosa! Rosa

 

Faustino Poeta

Julho/2023