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domingo, 28 de setembro de 2014

Meu pai


Meu pai

Enrolava o fumo de corda
Num pedaço de papel ou palha,
 E ao acendê-lo, uma labareda lhe clareava a face,
Depois aspirava fundo pra soltar no ar em um segundo,
Fumaças dançantes fugindo em busca do céu,
Desaparecendo no ar.

Depois deixava o olhar
Perder-se em devaneios,
Vagava entremeio a recordações,
Ora doces saudades enroladas como bombons,
Saboreadas ao som do radio em cima da mesa,
Melodias que não lhe davam tristeza,
Mas que lhe faziam sorrir o coração.

E nos bons tempos de nossa meninice
Junto ao fogão,
Contava-nos causos, de sua vida,
De sua imaginação, de sua juventude,
De suas paixões, até dos seus sonhos de então,
E quando falava de assombração,
Aconchegávamos mais ao seu lado,
 Pra nos sentir abraçados pela sua proteção.

Autor
Carlos Marcos Faustino
28/09/2014 -domingo - 23h50








Um comentário:

  1. Marilu Vedoveto
    Era assim mesmo!
    23 de abril de 2017 às 16:35

    Antonio Carlos Coutinho
    Antonio Carlos Coutinho Lindo lembrei do meu pai quando trabalhava na roça
    23 de abril de 2017 às 17:04

    ResponderExcluir