Novelos.
Nem pão, nem poesia
Nem desejo, nem fogo, nem amor
Carvão preto que restou da brasa
Nada mais pulsa, nada mais embriaga.
Nem importa mais a chuva fria
O sol escaldante, nem uma esperança vã
É um vem, vai, volta, descansa
Um desenrolar, uma lambança
emaranhados novelos de lã.
Um trançar de pernas através das ruas
Um olhar em busca de uma miragem
Luz que vem e ilumina a paisagem
E elimina as sombras, dá coragem
Ruas vazias de esperança de muitos
Poucos entornam taças
de venturas
Nem a terra aguenta, nem tem mais paciência
Se revolta e mostra a cara
Tanta incoerência
Tanto desamor, tanta ganancia.
É preciso coragem, o que inda há de vir
Não se sabe... Não se sabe....
Autor
Carlos Marcos Faustino
03/11/2015 – terça-feira -
10h05
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